quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O Outono esta radicado, asseguro, nesta aquaticamente ramificada area do mundo. E ha outras. Nao sejamos convencidos, xenofobos, ou um qualquer "ista" de, digamos, uma elaborada e enorme lista, que teimamos em alimentar. Apesar de ser uma area rica do mundo, e por isso assaz previlegiada, fomos involuntariamente conduzidos a albergar uma tempestade. Daquelas a valer. Por depressoes incontrolaveis, impessoais mas globais, o vento desarrumou-nos os cabelos. As folhas mais secas e de epoca cairam demasiado facilmente, e cobriram ruas e mais. Mesmo as resistentes vergaram. Outras, fizeram-no em conjunto, sempre parece mais facil, e seguiram arvores-mae. Foi um dia submerso por ar em movimento, e alguns nao puderam ficar em casa...





quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A distancia provoca ilusoes opticas, ja sabemos. Ou deviamos, pelo menos. Acho eu. Ao longe, eh bastante provavel que tanto pessoas como objectos nos parecam aquilo que nao sao. Ora acontece por vezes, para que nao haja a menor margem de erro na apreciacao, aproximarmo-nos do visado/a para melhor poder chegar a uma satisfactoria conclusao. Mesmo assim, ha situacoes que por mais visiveis que sejam, se tornam demasiado abstractas para pensar muito nisso, nao eh? Ate se abrem e fecham os olhos variadissimas vezes, so para confirmar que nao eh das cataratas. Ainda por vir ou ja absolutamente pronunciadas. Ha visoes que nos fazem olhar para tras varias vezes, enquanto as vamos abandonando. So para confirmar...

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

                                                   Para bom entendedor, este sinal basta.


                                          Apaziguem-se as almas, o cerco esta a ser levantado.
Amontoam-se frutos e doces, quase em torres. Novas, as sensacoes nas pupilas gostativas para os menos afortunados, que por qualquer razao nao se haviam rendido a tais iguarias. Lembro dois pinheiros. Outro curvado, sobre o telhado de uma casa. De apanhar pinhas. Sem preco aqueles pinhoes, olhando o preco dos de hoje. So olhando. Aquele indiscritivel sabor a resina. Um cao ao lado, a espera. O martelito a bater na pequenina casca, de contra a uma pedra do riacho. As vezes o pinhao cai da boca dela, muitos risos. E sorrisos cumplices ao olhar de soslaio novo fruto. Um mimo, atrevo-me a achar. Tudo isto ao ver um pinhao, numa banca de feira. Imagino, arrepiado, o quanto esta escrito em cada um desses frutos, migalhas de vida, sonhos em turbilhao. Atrevo-me a achar que o sao.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013




Nem sequer foi passo para a Humanidade. Essa ainda vinha a caminho, longe mas ja sedenta. Dizem que foi um meteorito. Mas ca na zona eh tudo fogo posto. Eucaliptos, estao a ver. E dizem que nao, que nao os havia entao... Por isso o astro esta fora de questao. Seria pois, talvez dos polos, uma imensa massa fria. Mas ca na zona, so semola dura de trigo, e quentinha pois fria eh uma porcaria. Fica toda colada, correm boatos. Massa fria nao foi tambem, pois bem. Mas fugir assim, com aquele tempo. Com tantos riscos de doencas, e hipotermia, contam os que viriam. Naturalmente algo de ruim, ca para mim. Estes, ca na zona, deixaram as pegadas, pois os ossos foram precisos noutro sitio. Tal como outros que passam tanto Tempo connosco e vao morrer longe, com dignidade e paz. Nao quiseram aborrecer, pois foi. Deve ter sido... Eram assim para o grande, eram. Pensa-se, apenas.